Começar uma análise observando os dados pode parecer intuitivo — mas é um dos erros mais comuns (e perigosos) que publicitários cometem. O motivo? Dados não falam por si. Eles respondem perguntas.
E quando você não sabe o que está perguntando, acaba apenas descrevendo gráficos, não extraindo sentido deles.
Ao abrir um dashboard sem uma hipótese, o analista tende a cair na armadilha da descrição:
“A taxa de abertura foi de X, o CPC caiu Y%, o engajamento aumentou em Z%…”
Mas o que esses números dizem sobre o que realmente importa?
- O público foi impactado como esperado?
- A campanha ajudou a mover o cliente no funil?
- As ações contribuíram para o objetivo de negócio?
Sem perguntas norteadoras, os dados viram um inventário — não uma história estratégica.
Toda análise começa com boas perguntas. São elas que delimitam o que observar, como interpretar e, principalmente, como agir. Por exemplo:
- “Quais mensagens geraram maior engajamento em públicos de primeira exposição?”
- “Em quais canais os leads qualificados estão sendo gerados com melhor custo-benefício?”
- “Quais segmentos ignoraram a campanha, e o que isso revela sobre a estratégia?”
Essas perguntas transformam o analista de descritor em estrategista.
A IA é um copiloto poderoso para essa etapa. Ela pode ajudar a levantar hipóteses, formular perguntas investigativas e organizar as análises em caminhos de decisão.
Você pode, por exemplo, usar este prompt no ChatGPT:
🔍 Prompt sugerido:
“Sou analista de marketing e tenho dados de performance de uma campanha. Preciso de ajuda para formular perguntas investigativas que possam orientar minha análise. A campanha tinha como objetivo [insira objetivo]. Os principais canais foram [insira canais]. Quais perguntas estratégicas eu deveria levantar antes de explorar os dados?”
A IA, quando bem orientada, amplia sua capacidade de pensar criticamente — e não apenas de processar informação.
Dados respondem. Quem pergunta é você.
Comece sempre com uma pergunta bem formulada.
Só assim a análise deixa de ser um relatório descritivo e se torna uma ferramenta de decisão.
Como costumo dizer:
“A IA auxilia líderes a extrair da confusão dos dados insights estratégicos.”